Mitos do açúcar

As propriedades funcionais do açúcar aliadas ao seu sabor muito apreciado fazem dele um produto largamente utilizado quer na cozinha doméstica, quer na cozinha industrial.
Algumas propriedades funcionais do açúcar:

  • É um anticoagulante e usa-se por isso, para estabilizar a clara do ovo e outras proteínas, em muitos bolos e doces
  • Estabiliza compostos delicados responsáveis pela cor e sabor, de frutas e vegetais e é por isso, usado em conservas
  • Combina-se com a pectina dando origem a geleias com boas propriedades mecânicas
  • Dá origem a soluções muito concentradas que contrariam o crescimento de microorganismos
  • É um excelente substracto para muitas fermentações
  • Proporciona textura apropriada a bebidas, gelados, etc
  • Conserva-se bem durante muito tempo, quando em condições normais de ambiente

Qual a diferença entre o Açúcar branco, amarelo, melaço e mel?


O açúcar branco é uma substância praticamente pura chamada sacarose; o açúcar amarelo é uma mistura de sacarose com algumas impurezas naturais coradas; o melaço é uma mistura de três açúcares simples (sacarose, glucose e frutose) e uma quantidade apreciável de impurezas coradas; o mel é também uma mistura de sacarose, glucose e frutose, bem como algumas impurezas coradas. As impurezas do açúcar amarelo dão, além da cor, um sabor característico. Estas impurezas são inofensivas e têm um valor nutritivo praticamente nulo. O melaço contém, embora em pequena quantidade, proteínas, vitaminas e sais minerais.

Porque se diz que o Açúcar é energia rápida?


O açúcar é uma importante fonte de energia rapidamente assimilável, pondo a energia à disposição do organismo numa questão de poucos minutos.
Outros hidratos de carbono, como o amido (constituinte fundamental do pão, das batatas, etc) têm uma digestão lenta e não conseguem proporcionar, por isso, a disponibilidade rápida de energia tão salutar ao pequeno almoço e as gorduras são de digestão mais difícil do que o amido. Embora as gorduras consigam fornecer, por unidade de massa, mais do que o dobro da energia fornecida pelo amido ou pelo açúcar, facto é que após a sua digestão sobrevém uma sensação de cansaço que só se dissipa muito depois.

Há alguma relação entre Açúcar, a obesidade e doenças cardiovasculares?


O excesso de calorias de todo o tipo de alimentação, aumentam o risco de obesidade que por si, é fator de risco para outras doenças crónicas.
Consumir calorias em excesso de diversas fontes, incluindo o açúcar, a gordura, carbohidratos, proteínas e álcool, podem aumentar os riscos de obesidade, fator de risco para doenças crónicas, nomeadamente as cardiovasculares. Os níveis de atividade física diária, aliado a outros fatores de estilo de vida ou mesmo genéticos, influenciam todos estes riscos.
Ao ingerir calorias em excesso, o nosso corpo armazena essa energia excessiva em glicogénio ou gordura para utilizar mais tarde.

Porque é que se diz que o Açúcar contém calorias vazias?


Diz-se por vezes, que o açúcar fornece calorias vazias, para pôr em evidência que o açúcar além de energia não fornece mais nada. O nosso organismo precisa da energia dos alimentos para manter a sua actividade biológica permanente e produzir trabalho. Três famílias de nutrientes fornecem essa energia: hidratos de carbono ou glúcidos (o açúcar, a batata, o pão, as leguminosas, as massas alimentícias, o arroz, etc…) as gorduras ou lipídeos ( manteiga, óleos vegetais, banha, etc) e as proteínas. Vitaminas, sais minerais e água não possuem valor energético.
Como o açúcar não contém vitaminas, sais minerais, ou fibra ele não pode ser o único alimento fundamentalmente calórico da dieta: é preciso incluir frutos, vegetais, sementes, algumas gorduras, etc…

A chave do equilíbrio, saúde e bem-estar

O segredo para ter uma vida saudável consiste em cuidar da alimentação e praticar exercício físico de forma regular. Para alcançar este propósito é importante abandonar os maus hábitos e dispor de tempo livre para nós mesmos.

Realizar uma dieta equilibrada é recomendável porque ajuda a prevenir doenças coronárias e cardiovasculares provocadas pelo sedentarismo, a obesidade, a hipertensão arterial, a diabetes, entre outras patologias. Além disso, comer bem fará com que envelheçamos melhor, mantendo a pele, os ossos, o cabelo e os órgãos mais sãos. Se à dieta saudável adicionarmos o hábito desportivo, os resultados são ainda mais benéficos: redução da pressão arterial, controlo do colesterol, menos tensão e stress.

O que significa comer bem?

Comer de tudo, mas de uma forma equilibrada e sem restrições para evitar défices e carências nutricionais. O organismo obtém da alimentação e das próprias reservas corporais a energia necessária para desenvolver as funções vitais e os movimentos musculares. Os alimentos contêm substâncias nutritivas como hidratos de carbono, gorduras, proteínas, vitaminas e minerais.

Reservas como fonte de energia

O corpo tem a capacidade de armazenar reservas energéticas que obtém diretamente dos alimentos em forma de gorduras ou hidratos de carbono. Ambos os combustíveis são consumidos separadamente, em função de diversos fatores como a intensidade e a duração do exercício físico, a dieta, a humidade e a temperatura corporal.

O mito do açúcar e o aumento de peso

Não há provas consistentes de que o açúcar seja a única e principal causa do aumento de peso, segundo um estudo realizado pela Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos de América. A obesidade ou o aumento da massa gorda é causado por um maior consumo de calorias ingeridas que gasta. A energia em excesso é armazenada em forma de gordura, que ao longo dos meses ou anos traduz-se em excesso de peso. É importante destacar que a falta de exercício físico também ajuda à obesidade.

Os açúcares como combustível do corpo. De que alimentos precisamos?

O corpo precisa essencialmente de açúcares ou hidratos de carbono por duas razões:

  • São o melhor combustível para as células, já que proporcionam a energia química necessária paras as funções corporais, exercício, digestão e assimilação de nutrientes.
  • Fazem parte dos ácidos nucleicos: ADN e ARN, que servem para conservar e transmitir a informação genética das membranas celulares.

Os carboidratos não são todos iguais (batatas, arroz, cereais integrais, bolachas, açúcar, massas, frutos…), nem produzem o mesmo efeito no organismo. Daí a importância de distinguir os diferentes tipos de açúcar:

  • Simples: frutose (presente nas frutas), glicose (fruta, mel, alguns vegetais), galactose, lactose (presente no leite), sacarose (açúcar) e maltose (obtido por hidrólise dos amidos).
  • Complexos: glicogénio, amido, dextrina e celulose.

A diferença entre um e outro é a velocidade com a que são absorvidos nos intestinos. Os açúcares simples são de absorção rápida frente aos complexos que é lenta. O açúcar desempenha assim um papel importante no nosso organismo, fornecendo a energia necessária.